Imagem: Foto de Anna Shvets no Pexels/Reprodução

Saúde

Cooperativas odontológicas e a necessidade delas em nível nacional

Presentes em mais da metade do território nacional, as cooperativas odontológicas se posicionam como alternativa sustentável e de atendimento especializado aos grandes conglomerados de saúde instalados no Brasil. Nesse sentido, partindo do compromisso em estabelecer relações horizontais e priorização do bem-estar coletivo, há um intenso desenvolvimento nas regiões onde as cooperativas desse segmento garantem um atendimento de qualidade a quem necessita.

Conforme definição estabelecida na Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nº 39, art. 13, são classificadas na modalidade de cooperativa odontológica “as sociedades de pessoas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que operam exclusivamente com planos odontológicos”.

Em tal contexto, essas organizações possuem credibilidade em meio a um terreno que, por vezes, é visto com incertezas. Além das limitações e burocracias da população ter acesso ao sistema público, as iniciativas privadas dificilmente costumam ser socialmente acessíveis e oferecer os serviços disponíveis em plenitude.

É válido destacar as naturais diferenças que tais organizações apresentam em comparação aos operadores tradicionais. É que, ao funcionar exclusivamente em torno da especialidade, as cooperativas acabam concentrando ainda mais os esforços na realização dos procedimentos e garantindo um padrão de excelência. Além disso, pertencer a uma cooperativa é mais rentável: ela oferece condições de trabalho vantajosas para os profissionais que optam por prestar os próprios serviços a partir da modalidade.

E conforme o estudo “Relações e conflitos no âmbito da saúde suplementar: análise a partir das operadoras de planos odontológicos”, dos pesquisadores Daniela Garbin, Neumann Mirelle Finkler e João Carlos Caetano, o mercado odontológico ainda é substancialmente monopolizado. Os dados levantados no estudo apontam que 82% dos beneficiários estão vinculados a menos de 8% das operadoras. A pesquisa também aponta que, além dos profissionais, “os beneficiários de planos de saúde estão sujeitos a mecanismos impostos pelas operadoras para racionalização de gastos”.

Por sua vez, conforme dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2019, existem 105 cooperativas odontológicas operadoras de plano de saúde em todo o Brasil, sendo 3.118.889 o número de beneficiários dessas organizações. 

Convém destacar ainda que a maior cooperativa odontológica do Brasil, em número de beneficiários, concentra o número de 554.537 pacientes, de acordo com o Programa de Qualificação das Operadoras organizado pela ANS. Os dados significam que as cooperativas de saúde (a odontologia somada com outros segmentos) tiveram participação de mercado de 31% da Saúde Suplementar Brasileira em 2018.

Apesar da quantidade elevada, ainda é possível empreender novos esforços para construir novas cooperativas no setor. As oportunidades podem estar nos clientes que, em algum nível, já estão vinculados a um serviço de saúde particular. De acordo com Marcos Novais, superintendente-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), até maio de 2020 o número de beneficiários dos planos de saúde no Brasil era de 46,8 milhões. Em paralelo, são 25,4 milhões de planos odontológicos. Marcos aponta que, apesar da disparidade, há uma oportunidade concreta para desenvolvimento. “O segmento odontológico está se mostrando superior nos últimos quatro anos, avançando 6% ao ano. Isso reflete o potencial de negócios”, aponta.

O acesso a convênios, equipamentos de baixo custo, seguros, descontos e acessos comunitários são fatores decisórios que vêm contando diretamente para adesão dos trabalhadores às organizações cooperadas. Além disso, atualmente, estima-se que mais de 14% de profissionais da área prestam ou prestaram serviços para uma cooperativa odontológica. Assim, a partir dessa visão, já é possível reforçar que essa modalidade tornou-se primordial para milhões de beneficiários em todo o país.

 

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