Foto de Albino Oliveira - Ascom MDA/Reprodução

Transição energética

Cooperativas celebram sanção da Lei do Combustível do Futuro como marco para agricultura familiar e sustentabilidade

Na última terça-feira (8/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a tão aguardada Lei do Combustível do Futuro, durante a Feira Liderança Verde Brasil Expo, realizada na Base Aérea de Brasília. O evento reuniu autoridades de diversos setores, incluindo ministros, representantes do setor de biocombustíveis e dirigentes de cooperativas, marcando um passo significativo na política ambiental e energética do país.

A nova legislação estabelece um marco regulatório para o mercado de combustíveis sustentáveis no Brasil, criando programas como o diesel verde e o combustível sustentável para aviação, além de definir novos percentuais de mistura de etanol na gasolina e biodiesel no diesel. A iniciativa visa não apenas reduzir as emissões de poluentes dos veículos, mas também fortalecer o papel da agricultura familiar na cadeia produtiva de biocombustíveis, por meio do Selo Biocombustível Social, uma certificação que reconhece a contribuição deste setor para a produção sustentável.

Brasil na vanguarda da transição energética

A Lei do Combustível do Futuro é amplamente considerada uma das mais inovadoras iniciativas globais de descarbonização do setor de transporte e mobilidade. Com essa medida, o Brasil se posiciona como líder na transição energética mundial, ao promover o desenvolvimento sustentável sem comprometer o crescimento econômico.

Vivian Libório de Almeida, diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), destacou o papel transformador do Selo Biocombustível Social na inclusão da agricultura familiar na transição energética: “O Selo Biocombustível Social é fundamental para incluir a agricultura familiar na transição energética. Com a ampliação desse selo, poderemos incorporar outros produtos ao processo. É pensar a agricultura familiar na transição energética, aproveitando o que esse setor tem de melhor a oferecer”, acrescenta Vivian.

Segundo o MDA, os números reforçam a importância dessa participação: em 2023, mais de 58 mil agricultores familiares contribuíram para a produção de 2,7 milhões de toneladas de matérias-primas para biodiesel, gerando um valor de mercado de R$ 6,6 bilhões. Esse envolvimento fortalece o desenvolvimento rural sustentável e coloca a agricultura familiar como protagonista no setor de energias renováveis.

O futuro das cooperativas no cenário energético

As cooperativas, que historicamente desempenham um papel vital no desenvolvimento rural do Brasil, agora têm uma oportunidade ainda maior de expandir sua atuação no setor de energias limpas. Roberto Moura, diretor financeiro da Unicafes Alagoas, destaca o impacto positivo que essa lei trará para as cooperativas: “A Lei do Combustível do Futuro oferece uma oportunidade única para as cooperativas solidificarem sua posição na economia sustentável. Ao promover a integração da agricultura familiar ao mercado de biocombustíveis, estamos não só fortalecendo nossa economia local, mas também contribuindo de maneira significativa para a agenda ambiental global.”

Com a sanção da nova lei, o Brasil avança na liderança global em biocombustíveis e reafirma seu compromisso com uma transição energética eficiente e sustentável. Esta iniciativa promete benefícios não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia rural, ampliando as oportunidades para produtores rurais e cooperativas, que agora têm um papel ainda mais relevante na matriz energética do país.

Entre os dirigentes cooperativistas que marcaram presença na solenidade, destacam-se Romullo Dantas, presidente da Cooperativa dos Agricultores Qualificados (COOPAQ); Edilson Rocha, presidente da Cooperativa de Alimentos da Biodiversidade do Amapá (Bio+Açaí); Klécio Santos, presidente da Cooperativa Pindorama; Maria José, presidente em exercício da Unicafes Alagoas; e Fátima Torres, presidente da Federação Unicafes Nacional.

 

 

 

Com informações do MDA


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