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PIX: o que muda nas cooperativas de crédito com a iniciativa do Banco Central?
Desde a divulgação do PIX, a nova plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central, as cooperativas de crédito, assim como as demais instituições do país, buscam se adaptar ao novo momento, que salta como uma revolução no sistema financeiro nacional (SFN) e com benefícios aos usuários.
Em resumo, a opção será responsável pelo envio e recebimento de pagamentos eletrônicos, disponíveis instantaneamente em todos os dias e horários do ano. Apesar de ser ofertado pela autarquia federal, as instituições cadastradas serão as responsáveis diretas pela oferta do serviço. A adesão por parte do usuário pode ser feita via aplicativo instalado no smartphone ou pelos canais de atendimento das instituições financeiras.
Os recursos a serem cadastrados são os seguintes: CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou a chave aleatória. No total, conforme informações do BC, mais de 33 milhões de solicitações para o uso do PIX já foram homologados. Algumas cooperativas de crédito já iniciaram os pré-cadastros das chaves, que terão validade a partir do próximo dia 16 de novembro.
Desde a última atualização do BC, no final de outubro, 762 instituições - dentre elas bancos, fintechs, meios de pagamentos ou financeiras - foram aprovadas no primeiro processo de adesão, que já teve suas inscrições encerradas temporariamente (serão reabertas apenas no dia 01 de dezembro de forma permanente).
Dessas, 634 - com dados definitivos ainda a serem consolidados - são cooperativas de crédito. Com isso, as organizações citadas são as grandes responsáveis pela adesão do novo sistema. E todo o contexto mostra que parcela significativa delas está entrando na nova tendência, pois o Brasil possui um total de 873 cooperativas, conforme informações do Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo 2019.
A tendência acompanha o atual crescimento das operações de crédito realizadas por cooperativas financeiras. Conforme a Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), entre 2016 e março de 2020, o aumento das operações empreendidas pelas entidades nacionais cresceram em 233%.
Na visão do presidente do Sistema OCB-SESCOOP/CE, João Nicédio Nogueira, o PIX auxilia diretamente às cooperativas de crédito pela não mais necessidade do estabelecimento de convênios com as instituições de consórcios de serviço público, como água, luz e telefonia, possibilitando que os cooperados façam os pagamentos sem intermédios. “Isso significa que vamos crescer, o volume de negócios vai aumentar, acabando com a história de compensação bancária, diminuindo o fluxo de dinheiro, já que você não vai mais precisar usar papel moeda”, aponta.
Entretanto, o desafio perdura em relação aos diferenciais que as cooperativas financeiras precisam oferecer para se destacar dos bancos tradicionais e garantir a fidelização dos novos usuários. Dentre esses processos de inovação, há cooperativas em nível nacional que cogitam mudanças na própria estrutura de pagamento de quem decidir vincular o PIX à cooperativa financeira, enquanto recebedor, como serviços de conciliação automatizados, condições de gerar boletos híbridos (que contém códigos de barras e PIX) e recebimento integrados com ERP.
Na visão do presidente do Sistema OCB Nacional, Márcio Lopes de Freitas, o cooperativismo a ser feito deve sempre ser voltado para o resultado e evolução do mercado, sendo o PIX uma nova ferramenta que poderá facilitar os avanços desejados.
“O cooperativismo precisa ser competitivo, eficiente e inovador. Nós temos que nos adequar às novas ferramentas. Além disso, temos que mostrar que o cooperativismo é capaz de surfar ondas que não são trazidas pela pandemia, e que representam uma necessidade da humanidade, das novas gerações. São transformações que vieram para ficar”, afirmou Márcio, durante um webinar realizado no final do mês de setembro no canal do Sistema OCB.
Serviço: é necessário segurança durante o cadastro do PIX
Entretanto, os cooperados precisam ficar atentos no momento do cadastro. A Kaspersky, empresa de cibersegurança, sinalizou que ao menos 30 domínios falsos foram criados por cibercriminosos, com objetivo de apropriação de informações dos consumidores para o cometimento de fraudes. Portanto, verifique sempre com a sua cooperativa quais os procedimentos adequados para o cadastro da sua chave PIX.
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