Foto de Gerd Altmann no Pixabay/Reprodução
Transformação
Cooperativa: primeiros passos da coletividade
A motivação para transformar a sua realidade pode ser ampliada em favor de um grupo maior de pessoas. O cooperativismo é uma forma de unir ideias para gerar novas perspectivas e projetos que favoreçam várias pessoas, em que todas compartilhem dos mesmos objetivos. Uma forma de se fazer presente no mercado, proporcionar uma melhor qualidade de vida e promover benefícios ao pensar no coletivo, é montar uma cooperativa.
Para facilitar a atuação dentro deste modelo de negócios, foi elaborado o chamado, Programa de Orientação Cooperativista (POC), desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que auxilia na criação e assessoria das cooperativas. Sendo possível conhecer os princípios e as características de uma sociedade cooperativista. Esse preparo inicial ajuda no entendimento das ações e os valores — como a responsabilidade e igualdade, que regem uma cooperativa.
Ao apresentar interesse em fazer parte de uma dessas áreas e se tornar um cooperativista, deve atentar-se a princípio que as cooperativas são formadas por no mínimo vinte pessoas físicas, mas no caso do ramo do trabalho ou produção, podem ser compostos por sete participantes.
São essenciais algumas etapas para a criação de uma cooperativa, começando primeiramente em organizar quais serão os associados e a metas que serão traçadas pelo grupo. O atendimento prévio identifica os interessados — solicitando a documentação — sendo necessário nesse momento, especificar as atividades econômicas a serem desenvolvidas.
Após reunir os representantes do grupo, a missão é elaborar o diagnóstico inicial, entendendo qual o modelo de negócio que pretendem montar, o nível de conhecimento sobre o mercado que desejam ingressar, e quais os objetivos em comum do grupo. Se os membros atenderem as condições descritas, é realizada a palestra, Conhecendo a Empresa Cooperativa em que é visto os aspectos gerais da doutrina cooperativista, incluindo a parte jurídica e de gestão.
No processo para a montagem da cooperativa, uma parte importante é a que trata da sustentabilidade, correspondendo a análise da viabilidade econômica e social, levando em consideração que este modelo de negócios não pretende apenas alcançar o lucro, mas principalmente atender as necessidades comuns do grupo. E assim, são trabalhadas as questões ambientais, políticas e culturais.
Quando há a possibilidade de o negócio ser viável e favorecer igualmente a todos que fazem parte da cooperativa, é feita a Oficina Vivendo a Cooperação, momento em que é aprofundado os valores e o funcionamento dessa cooperativa, como é expressa na Lei Geral do Cooperativismo (Lei 5.764/71).
Finalizando os passos, é elaborada a minuta do estatuto social da cooperativa, que consta todas as regras propostas pelo grupo. Os participantes também são orientados a organizar e realizar a Assembleia Geral de Constituição, onde é formalizada a criação da cooperativa, tomando conhecimento dos procedimentos necessários de registro nos órgãos, efetuados na Junta Comercial e na OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), tornando a cooperativa apta para ser atendida pelos programas que auxiliam no desenvolvimento da autogestão.
Existe uma diversidade de ramos ao se tratar desse sistema, indo do agrícola ao de bens e serviços, assim como de crédito, infraestrutura, saúde, trabalho e transporte. Possibilitando um aumento na empregabilidade, sendo positivo não só para o setor econômico como social.
No Brasil, o número de cooperativas soma o total de 4.880, baseado em dados de 2022. São mais de 18 milhões de cooperadores distribuídos pelos estados. Além de empregar mais de 493 mil pessoas, de acordo com o anuário do cooperativismo brasileiro de 2022, produzido pelo Sistema OCB.
Diante desses números, é possível perceber as oportunidades criadas pelas cooperativas, que avançam no exercício de empreender, criando um ambiente de trabalho mais justo com o desenvolvimento de políticas que estimulem o pensar e produzir em conjunto, sem a ideia da relação de chefe-funcionário, com o objetivo de beneficiar e dar oportunidade a um grupo maior de pessoas, de crescer nos negócios e pensar na coletividade.
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